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Greve na penitenciária tem baixa adesão

É baixo a adesão dos Agentes de Segurança Penitenciária (ASP)  que iniciaram nesta segunda-feira (20) uma greve após realizar 23 assembleias gerais convocadas pelo Sindicato dos Agentes de Segurança (Sindasp-SP), que decidiu decretar a retomada da paralisação geral de 2014 no sistema penitenciário do Estado de São Paulo. Segundo o sindicato a expectativa é de que as 163 unidades prisionais do estado participem da paralisação. A greve tem em vista que, até o momento, o governo ainda não cumpriu por completo o acordo firmado durante a greve realizada entre os dias 10 e 26 de março do ano passado, ainda de acordo com o Sindasp.

No acordo, registrado em ata, o governo deveria ter arquivado todos os Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra os agentes penitenciários que participaram da greve e criado o Bônus de Resultado Penitenciário (BRP), a ser concedido anualmente aos servidores, ainda conforme o sindicato.

Porém segundo o Sindasp nenhuns dos dois itens foram cumpridos pelo governo. No mês de junho, diretores do Sindasp-SP se reuniram com o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e com os coordenadores das unidades prisionais das diversas regiões do Estado, para tratar do cumprimento do acordo, mas não obtiveram êxito.

Conforme o sindicato o secretário disse que está analisando os PADs caso a caso e todos estão em seu gabinete para análise, mas não estão arquivados.

Na penitenciária de Marília, conforme o diretor do Sindasp, Luciano Novaes Carneiro, ele adotou o procedimento de cada funcionário permanecer em seu local de trabalho, evitando assim mais PADs e trazer o pessoal o Pessoal que estão de folga para frente da unidade prisional.

Segundo o diretor durante o movimento grevista não vai funcionar: Fórum e júri, atendimento a advogados, oficiais de justiça, assistentes sociais,psicólogos, oitivas, transferências ( bonde/linhão), jumbo, sedex,esportes, escola, todo tipo de trabalho de pavilhão e empresas, rol de visitas, pecúlio, recebimento de presos de cadeias publicas.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Marília e Região e coordenador Regional da Força Sindical Marília, Irton Siqueira Torres, esteve hoje pela manhã, acompanhado de outros dirigentes sindicais, na porta da Penitenciária de Marília, apoiando o movimento grevista. “O Sindasp é um filiado da força. O Luciano é um diretor do sindicato e nos procurou na ultima sexta-feira para darmos um apoio no movimento grevista deles. Como a gente coordenada a regional não poderíamos deixar de atender mais esse filiado, que busca através do movimento grevista conquistar suas reivindicações. Estaremos aqui na penitenciária de Marília, durante todo período que o Sindasp achar necessário a presença da Força Sindical”, concluiu Hilton Siqueira Torres.

A unidade de Marília conta com aproximadamente 170 agentes.

 

Escrito por Chico Assessoria e Comunicação Sindical
Fotos Chico dos Santos

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